O carro foi inventado em 1862, mas somente 23 anos depois uma mulher tomou a direção pela primeira vez: foi a alemã Berta Benz, esposa do fundador da Mercedes-Benz. Desde então, o chamado “sexo frágil” foi obrigado a conviver com piadinhas como “mulher no volante, perigo constante” e outras do gênero. Felizmente, as estatísticas vieram para reverter esse preconceito e – melhor ainda! – trazer benefícios ao sexo feminino, como redução no valor do seguro de carro para mulheres.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), dos mais de 60 milhões de motoristas no Brasil, quase 20 milhões são mulheres. Em relação aos acidente, 71% são provocados por eles e apenas 11% por elas, sem contar que 70% das multas são para motoristas do sexo masculino.
Outro dado relevante: o Ministério da Saúde aponta que o número de homens que morreram no trânsito, em 2010, é quase quatro vezes maior do que o de mulheres. Considerando os que perderam a vida no trânsito naquele ano, 31.675 eram homens (78%) e 8.935 eram mulheres (22%).
Comportamento e perfil de compra favorecem o sexo feminino
Sabemos que essas estatísticas são frequentemente contestadas sob a alegação de que, como há mais condutores homens que mulheres, proporcionalmente o número de acidentes provocados por eles seria maior.
Independentemente dessa controvérsia, o setor de seguros de veículos usa esses números na hora de definir os valores das apólices. E, gostem ou não, na média as mulheres pagam menos. A principal razão está no resultado da combinação entre sexo e idade.
Estatisticamente falando, mais motoristas do sexo masculino com menos de 25 anos de idade estão envolvidos em acidentes automobilísticos do que mulheres. Esta é a principal força por trás do aumento das taxas de seguro de automóveis para homens nesta faixa etária.
Isso porque os condutores masculinos com até 25 anos, em geral:
- Tendem a dirigir mais rápido e são menos propensos a usar cintos de segurança.
- São mais propensos a participar de atividades imprudentes, como “rachas”.
- Também são mais propensos a dirigir com muitos passageiros.
Tendem a beber e dirigir, o que os torna mais predispostos a se envolver em acidentes fatais.
E não são apenas as estatísticas que estão a favor das mulheres, mas também o perfil de compra delas. Muitas companhias de seguro argumentam que as mulheres tendem a escolher carros menos potentes, menos visados e usá-los menos frequentemente, o que reduz ainda mais o risco de um acidente. Além disso, as condutoras também costumam escolher melhor o local para guardar o veículo, como estacionamentos, por exemplo.
Com todos esses elementos a favor, não resta dúvidas de que mulher no volante costuma ser sinônimo de precaução. E qualquer seguradora adora pessoas precavidas!