Empresas familiares assumem liderança de mercado

“Na verdade, foi uma evolução normal em que a Mecalor deixa definitivamente de ser uma empresa familiar e amadurece para uma gestão profissional”

Dados do IBGE e do Sebrae mostram que 90% das empresas no Brasil ainda são familiares. Elas representam cerca de 65% do PIB e empregam 75% da força de trabalho do país. Embora sejam consideradas a espinha dorsal da economia nacional, pesquisas também apontam, por outro lado, que a cada 100 empresas desse tipo 70% não passam pela geração do fundador e apenas 5% conseguem chegar à terceira geração.

Contudo, o número de empresas familiares que assumem a posição de liderança de mercado vem crescendo nos últimos anos. O principal motivo para isso é mudança do modelo de gestão, que permite contornar conflitos internos, criar processos mais dinâmicos e introduzir novas tecnologias com o objetivo de expandir dos negócios. Nesse sentido, a Mecalor, empresa familiar, líder no segmento de soluções de engenharia térmica, deu um passo importante para a sua profissionalização, tornando-se uma empresa SA (Sociedade Anônima de capital fechado).

Essa transformação societária dará suporte ao expressivo crescimento dos últimos anos e sustentação gerencial à ampliação das suas operações, principalmente à expansão para o mercado externo. “Na verdade, foi uma evolução normal em que deixamos definitivamente de ser uma empresa familiar e amadurecemos para uma gestão profissional”, explicou Janos Szégö, CEO da companhia. Ele ressaltou que essa mudança traz mais solidez e transparência às decisões estratégicas, que passam agora a serem submetidas a um conselho diretor, composto pelo administrador e mais quatro diretores estatutários, que hoje já comandam a empresa.

Ainda segundo o executivo, a descentralização administrativa reafirma o compromisso de um crescimento sustentável por meio de técnicas modernas de gestão. “Precisamos estar preparados e bem estruturados para enfrentar os crescentes desafios dos próximos anos”, afirmou.

Há 60 anos no mercado, a Mecalor fornece soluções de engenharia térmica para diversos setores da indústria no Brasil e em outros países da América Latina. A empresa atua em diversos setores, sendo os principais: plástico, hospitalar, alimentício, farmacêutico, ar condicionado e automotivo. Neste último, destaca-se pela fabricação de câmaras climáticas para teste em automóveis. 

Como reflexo desse processo de mudança de gestão ao longo dos anos, a Mecalor viu crescer bastante a sua participação no mercado, com aumento das vendas nacionais e crescimento das exportações. “Nos últimos três anos tivemos um salto de 30% no nosso faturamento em meio a um ambiente de grave crise econômica”, ressaltou o Szégö.

fonte:segs

A depender do bairro, seguro do carro pode ser até 36% mais caro em Fortaleza

“Quando o cliente quer contratar um seguro de uma caminhonete e mora na Parquelândia, na Bezerra de Menezes ou redondezas, acaba pagando mais caro do que alguém que mora na Aldeota”, analisa corretor

O endereço residencial e comercial refletem diretamente na precificação de um seguro, já que as seguradoras baseiam-se em estatísticas de roubos e furtos frequentes na cidade e por bairro ligados ao modelo de cada veículo.

Se existem mais acidentes, roubos ou furtos, as seguradoras precificam esse risco.

“O furto e roubo pode representar em alguns casos mais de 50% do valor do seguro. O comércio de peças através de desmanches ilegais também aumenta o roubo e furto”, destaca Emir Zanatto, da TEx, empresa de tecnologia que faz cotações em seguradoras para corretores.

Os valores, como no caso do Jeep Renegade para homens, podem ser até 36% maior, a depender do bairro da Capital.

METODOLOGIA DA PESQUISA
Quais bairros e carros analisados – A metodologia considerou sete bairros de Fortaleza para residência (utilizando dois CEP cada para comparação da Aldeota, Cocó, Meireles, Messejana, Centro, Parangaba e Mondubim) e uma mesma caixa postal para comercial (Centro). Além disso, utilizou dez modelos de carros, entre eles os sete mais vendidos em 2018.

Qual o perfil analisado – O perfil do motorista foi homem e mulher de 35 anos casado, sem filhos e com garagem em casa e no trabalho, que contrata o seguro pela primeira vez. A análise foi realizada pela Bidu no dia 23 de janeiro.

Por exemplo, em Fortaleza, segundo o corretor Leniebson Rocha, entre as caminhonetes, a picape da Toyota: a Hilux, é a mais visada. Entre os compactos, está o Hyundai HB20 e o Fiat Uno. Já dentre os sedans, o Toyota Corolla dispara com um índice alto de roubos na cidade.

“Quando o cliente quer contratar um seguro de uma caminhonete e mora na Parquelândia, na Bezerra de Menezes ou redondezas, acaba pagando mais caro do que alguém que mora na Aldeota. Alguns bairros como Maraponga, os seguros de alguns automóveis são mais caros. Na Parangaba, no Papicu, o seguro é mais caro para alguns como Corolla”, pontua o corretor Leniebson Rocha.

O seguro do carro fica mais barato no ano seguinte ao contrato?
Tanto no ato do primeiro contrato como a cada renovação do seguro, o perfil do condutor e do motorista é analisado antes da precificação do seguro automotivo.

Caso o endereço residencial e comercial mantenha-se o mesmo, assim como o carro em posse, mesmo que o preço de venda do veículo tenha diminuído, isso não significa que o seguro fique mais barato. O mesmo vale para uma avaliação de um seminovo no primeiro contrato.

Muitas vezes o consumidor acha que o automóvel um pouco mais velho, o valor de mercado é menor, então o seguro é mais barato. Não é bem assim, pondera o corretor Leniebson Rocha.
“Se o cliente bate um zero ou usado, a seguradora vai ter que reparar os dois com peças novas e usando mão de obra de qualidade para que ambos os veículos tenham a mesma garantia e condição de uso”, destaca Rocha.

Além disso, a cada ano há outras variáveis que encarecem o preço do seguro. “Por exemplo, a mão-de-obra para se consertar um automóvel sobe a cada ano porque o salário sobe. O preço das peças de um carro importado subiu porque o dólar subiu. Então, toda a cadeia continua tendo elevação de preço ano a ano por conta de inflação”, explica.

Bônus na política do preço do seguro
Para completar, é visto também o histórico do condutor, como acidentes de trânsito. Se não tiver nenhum uso do seguro, o motorista recebe um bônus da seguradora. No entanto, devido aos ônus citados de elevação por mão-de-obra e peças, por exemplo, a bonificação vem para equiparar os aumentos de preços que o segurado sofreria.

“O bônus é fundamental para o cliente renovar o seguro com um preço melhor do que um contrato novo. Sempre vai ser mais barato. Com acúmulo do bônus, a cada ano que vai renovando e não tendo sinistro, o seguro efetivamente vai ficar bem mais barato que um novo. Chega às vezes até ser metade do preço”, pontua Leniebson.

fonte:cqcs

FRISS apresenta as 5 tendências na luta contra a fraude de seguros para 2019

A FRISS, líder do mercado em soluções de mitigação de risco e luta contra a fraude para seguradoras de P & A, apresenta as cinco tendências contra fraudes em seguros para 2019.

As coisas não mudam da noite para o dia, mas uma abordagem eficaz contra a fraude em toda a indústria levará a portfólios saudáveis para seguradoras e prêmios de seguro justos para os clientes. Recentemente, a FRISS realizou o “Inquérito sobre a Fraude em Seguros 2019” para obter um melhor entendimento da situação atual do mercado, os desafios que as seguradoras devem superar e o nível de maturidade da indústria sobre fraude em seguros. Aqui estão as 5 melhores conclusões.

  1. Automatizar a luta contra a fraude para melhorar os resultados

Empresas como Google, Spotify e Uber oferecem produtos ou serviços personalizados. A informação é o motor de tudo. Quanto mais você conheça, melhor poderá atender às necessidades de seus clientes. Isto também é verdade para o setor de seguros. É muito importante conhecer seus clientes e, com uma grande quantidade de dados, as seguradoras agora os conhecem ainda melhor. Pode-se acreditar que, com a velocidade da era digital de hoje, a luta contra a fraude é automatizada, mas não é esse o caso. 67% dos entrevistados argumentam que a luta contra a fraude em suas empresas é baseada no palpite de seus ajustadores, em vez de usar processos automatizados.

  1. Aproveite a Inteligência Artificial (IA)

Um software inteligente é capaz de processar informações rapidamente, de aprender de forma independente, tirar conclusões inteligentes e fazer recomendações. Semelhante ao ser humano, mas mais inteligente e mais eficiente. Estamos falando de inteligência artificial (IA). A grande quantidade de dados e o impressionante poder computacional permitem que essas análises sejam realizadas em grande velocidade e com grande precisão. Por exemplo, a Inteligência Artificial pode ser usada para analisar imagens, verificando simultaneamente se houve fraude. Além da análise de imagens, existem dezenas de tipos de ‘IA’ atualmente disponíveis e em desenvolvimento. As seguradoras podem usar essas tecnologias para melhorar e aperfeiçoar seus processos de identificação de fraude e análise de risco.

  1. Tudo gira em torno aos dados

Os cientistas de dados nas seguradoras devem lidar com uma grande quantidade de informações: dados internos da seguradora provenientes de arquivos ou colegas de trabalho, dados de vários sistemas e dados de fontes externas. Informações sobre os segurados e os ativos, os sinistros e a fraude detectada permitem julgamentos informados sobre os riscos, as tendências e o valor das apólices e os portfólios. Em um mundo ideal, a informação seria capturada inteiramente em números e em campos de dados apropriados. Mas esta informação é confiável? Existem diferenças importantes entre o mundo ideal e a realidade: nos sistemas e em nós, seres humanos. As diferenças na cultura, precisão e consistência dificultam a comparação do conteúdo de vários sistemas administrativos. E, para completar, o fator humano pode ter uma influência positiva e negativa na qualidade dos dados.

  1. Definir claramente uma cultura de luta contra a fraude

Os Organismos reguladores em muitos países criam esquemas de luta contra a fraude e campanhas de conscientização antifraude. Diversas associações da indústria também emitiram diretrizes e propuseram medidas preventivas para ajudar as seguradoras e seus clientes. 72% das seguradoras dizem ter uma cultura de luta contra a fraude. No entanto, apenas um terço tem uma política de tolerância zero contra fraudes. Uma cultura de luta contra a fraude requer uma comunicação estruturada entre os departamentos, a participação dos gerentes, treinamento para conscientizar sobre a fraude e alinhar padrões de desempenho para o pessoal. Em geral, quando se trata de indicadores-chave de desempenho, os ajustadores são medidos em termos de satisfação do cliente e velocidade no tratamento dos sinistros. Se a detecção eficaz de fraude também é medida, é necessário responder a mais perguntas no processo com o cliente. Se as seguradoras se alinharem, elas podem dar grandes passos.

  1. Compartilhar é bom

As seguradoras se beneficiariam unindo forças e compartilhando informações por meio de bancos de dados sobre a fraude. É a única maneira de rastrear, combater e controlar a fraude organizada. Isso ajudaria as seguradoras a aprender sobre os mais recentes mecanismos de fraude e estar na vanguarda. Os fraudadores estão sempre procurando pelo ponto fraco. O acesso a bancos de dados de fraudes internacionais impediria que os fraudadores se mudassem de um país para outro e de uma seguradora para outra. Se as seguradoras compartilhassem dados sobre sinistros fraudulentos, workshops, provedores de serviços médicos, imagens e bens segurados aumentariam suas chances de parar aos fraudadores desde o início. Na pesquisa, 33% das seguradoras identificam a cooperação como um desafio.

Juntos, estamos tornando o setor de seguros mais honesto.

A luta contra a fraude deve estar no DNA da seguradora. Os planos e regulamentos internacionais de luta contra a fraude ajudam a pavimentar o caminho para uma indústria de seguros honesta, em todas as seguradoras e através das fronteiras. Será importante, pois os fraudadores não estão limitados a cometer fraudes em uma única seguradora. Enquanto o conhecimento da indústria está crescendo, ainda há muitas oportunidades de melhoria.

fonte: e-commerce news

Agricultura estuda mudar financiamento e seguro rural

Estão em discussão alterar o crédito para produção, rever os mecanismos de seguro para garantia de renda para quem planta. Há também demanda para viabilizar a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Conselho Monetário Nacional (CMN). A titular da pasta, ministra Tereza Cristina, já sinalizou que quer essas mudanças. 

Ao participar de evento no Paraná no último dia 24, a ministra Tereza Cristina defendeu que o seguro rural seja ampliado, mais barato e tenha juros baixos. “Quando estão com a produção segurada, os produtores não perdem o sono e nem precisam pedir renegociação de dívida com o pires não”, disse a ministra, acrescentando que debate o assunto com o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn e com Roberto Campos Neto, que irá sucedê-lo, e o vice presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ivandré Montiel da Silva, segundo informações publicadas no site do ministério. 

Sobre a participação no CMN, a ministra já disse em entrevistas que teve a “ousadia de pedir a ele [Paulo Guedes, ministro da Economia] que colocasse o Mapa num assento do Conselho Monetário”. Junto ao CMN funciona uma comissão consultiva de crédito rural. 

A intenção da ministra foi bem recebida pela Associação Brasileira de Agronegócio (Abag). “Tamanho para jogar nós temos, mas se vamos ser escalados eu não sei”, ponderou o diretor da entidade, Luiz Carlos Corrêa Carvalho. “O agronegócio é um setor que tem uma relevância muito grande na economia e só por isso justificaria estar próximo de um conselho como esse. Medidas por lá decididas podem alavancar ou botar travas desnecessárias.” 

A ideia de ter um lugar no CMN também agradou a Luís Carlos Guedes Pinto, ex-ministro da Agricultura (2006-2007) e professor titular do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). De acordo com ele, o ministério já teve assento no CMN nos primeiros anos de funcionamento. 

O órgão, criado na segunda metade dos anos 1960, era composto pelo ministro da Fazenda; presidente do Banco do Brasil; presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social e por “sete membros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade em assuntos econômico-financeiros” (Lei nº 5.362, de 30.11.1967). 

Até dezembro passado, antes da reforma administrativa proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (MP 870/2019), o Conselho Monetário era formado pelo ministro da Fazenda, ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e presidente do Banco Central do Brasil. 

Seguro, crédito e renda 

Em estudo encaminhado à Agência Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto apontou a necessidade de que o seguro rural seja “mecanismo de mitigação de risco” e atenda recomendações já feitas pelo Tribunal de Contas da União como “promover a universalização do acesso ao seguro rural; assegurar o papel do seguro rural como instrumento para a estabilidade da renda agropecuária; e induzir o uso de tecnologias adequadas e modernizar a gestão do empreendimento agropecuário”. 

Para Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Abag, mudanças no seguro rural repercutiriam na oferta de crédito e condições de financiamento. “Se tiver uma modalidade de seguro mais atualizada, vai melhorar o nível de risco menor, e vai refletir nos prêmios que têm que ser pagos hoje. Assim os bancos vão ter mais apetite para operar no setor, não só em volume de crédito, mas em taxas – taxas de administração, taxas de risco, juros básicos, prazos”. 

O diretor da entidade também destaca a desatualização das sistemáticas de financiamento. “A modernização do crédito não andou na mesma velocidade das outras coisas”. Segundo ele, as operações ainda são baseadas no Manual de Crédito Agrícola, editado na década de 1970. 

Já para o ex-ministro Luís Carlos Guedes Pinto, o crédito atende pequena parte dos produtores rurais: cerca de 500 mil produtores, que mobilizam 86,5% da renda no campo. No estrato seguinte, estão 995 mil pequenos produtores com acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e que aferem 10% da renda no campo. Segundo ele, o sistema de financiamento deixa descoberto 2,9 milhões de produtores rurais que vivem de atividades de subsistência e acessam a 3,5% da renda no campo.

fonte:cqcs