Mais de 25 milhões de motos rodam sem seguro no País, entenda os principais motivos que impedem a redução desse número
São Paulo –De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), há cerca de 26 milhões de motocicletas rodando pelo Brasil. Deste total, segundo estimativas da Suhai Seguradora, só 2%, algo em torno de 520 mil motos, rodam com algum tipo de seguro em todo o país. Só em São Paulo, de acordo com o Detran-SP, são quase sete milhões rodando em todo o Estado.
“Nossas pesquisas indicam que a maior preocupação dos proprietários de veículos é com roubo e furto, já que não é possível ter controle sobre esse risco. No caso dos motociclistas, especialmente os que usam o veículo para trabalhar, essa preocupação é ainda maior. “A Suhai possui hoje, com certeza, uma das maiores carteiras de motos seguradas do País”, explica Robson Tricarico, diretor Comercial da Suhai Seguradora.
Os clientes da Suhai Seguradora contam com uma série de serviços adicionais como: chaveiro, reboque para a oficina mais próxima do local em caso de pane mecânica, troca de pneus e transporte domiciliar. “Mas, além de oferecermos essas vantagens aos nossos clientes, a maior preocupação da Suhai é garantir o bem-estar e a segurança do cliente que teve seu bem roubado ou furtado. Assim que somos acionados, prestamos todo auxilio necessário para que o cliente se sinta acolhido e cuidado em um momento tão delicado como esse”, conclui Tricarico. De acordo com números da Suhai, mais de 100 motos são roubadas por dia só no estado de São Paulo.
A Suhai elenca os principais motivos que tornam as motocicletas as mais roubadas ou furtadas, o que dificulta a aceitação da categoria pelas seguradoras tradicionais.
– As motos usadas por motoboys e entregadores que têm esses veículos para fins profissionais, estão mais expostas aos riscos. Por isso, esses veículos exigem ainda mais cuidado. Se forem roubados ou furtados, por exemplo, o impacto recai diretamente na renda desses motofretistas. Dentro deste cenário, os modelos city e street equipados com motores de 125 cm³, 150/160 cm³ são os mais visados.
– As motos que lideram o ranking de vendas também encontram dificuldades para ser seguradas. Pois as mais vendidas geram demanda maior por peças de reposição que, em algumas situações, acaba estimulando o roubo e furto desses modelos para abastecimento do mercado ilegal.
– Já os modelos esportivos de alta cilindrada são visados para serem usados em outros assaltos em função das altas velocidades que atingem e por serem mais ágeis em caso de fuga. Esses modelos também têm bons valores de revenda, especialmente em regiões de fronteira.
Serviço:
A primeira atitude que o motociclista deve tomar ao ser furtado ou roubado é entrar em contato com a central de sinistro da sua seguradora para comunicar o evento e logo em seguida acionar a polícia pelo 190 e preencher um boletim de ocorrência (BO). O registro pode ser feito pela internet, no site da delegacia eletrônica, que pode mudar de endereço de acordo com o estado onde ocorreu o sinistro. Esse documento é fundamental para seja dada entrada no pedido de indenização junto à seguradora. Nessas horas, toda informação é valiosa.
Lembre-se de detalhes como o horário em que estacionou o veículo; presença de possíveis testemunhas; placa; modelo; cor; adesivo que caracterize a moto.
O Dia do Radialista é comemorado oficialmente no Brasil em 7 de novembro.
Na verdade, em 21 de setembro também se comemora o Dia do Radialista.
Isso acontece porque o dia já era comemorado em setembro até que a lei nº 11.327, de 27 de julho de 2006, instituiu a nova data.
Esta data homenageia o profissional responsável em apresentar os programas e informativos radiofônicos, que entretêm os ouvintes com suas características vozes marcantes.
Origem do Dia do Radialista
A data oficial para a comemoração do Dia do Radialista é uma homenagem ao compositor, músico e radialista Ary Barroso, que nasceu em 7 de novembro de 1903.
No entanto, popularmente os radialistas ainda celebram o dia 21 de setembro, que se refere a data da criação da lei que fixava o salário base para estes profissionais, em 1943, durante o governo de Getúlio Vargas.
Os radialistas ainda comemoram o Dia Mundial do Rádio, celebrado internacionalmente em 13 de fevereiro.
O DCI completa que a aposta em novas tecnologias e produtos segmentados tem trazido maior eficiência para a Porto Seguro. A depender do andamento das reformas necessárias no governo, a expectativa da seguradora é de um crescimento mais significativo nos prêmios em 2019.
O resultado operacional da Porto Seguro no terceiro trimestre, por exemplo, atingiu os R$ 312,8 milhões, um aumento de 89,8% em relação a iguais três meses do ano passado (R$ 164,8 milhões).
No acumulado dos nove meses do ano, esse resultado soma R$ 895,6 milhões, alta de 213,3% na comparação com igual intervalo de 2017, quando era R$ 258,9 milhões.
De acordo com o diretor geral da Porto Seguro, Marcelo Barroso Picanço, além de ter conseguido fechar o ciclo de reajuste de preços nos seguros automóveis, a empresa também começa a atuar mais fortemente em produtos diferentes, que sejam mais simples e específicos.
‘Além de começarmos uma trajetória de recomposição no auto, também começamos a atuar com as necessidades dos clientes de um jeito mais segmentado como um passo inicial ‘, explicou.
Bastante impactados pela crise (que reduziu a venda de automóveis novos e, consequentemente, a contratação de produtos) e pelo reajuste de preços, as apólices de automóveis – o carro chefe da seguradora, com 65,1% dos prêmios – atingiu, neste trimestre, o maior patamar na frota segurada em mais de um ano.
‘Alcançamos 5,4 milhões nesse último trimestre. A recuperação ainda é modesta, mas a tendência é de que consigamos melhores resultados daqui para frente’, completa.
Os prêmios auferidos nos seguros automóveis (+3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2017, para R$ 2,524 bilhões) vieram, principalmente da Azul (+15,4%, para R$ 769,8 milhões) e Itaú (+10,6%, para R$ 654,4 milhões). O segmento premium, por sua vez, caiu 7% na mesma relação, de R$ 1,182 bilhão para R$ 1,099 bilhão.
Em seguida, vieram as operações de crédito e financiamento, que avançaram 25,1% na mesma relação, de R$ 265,8 milhões para R$ 332,5 milhões.
Por fim, o seguro saúde teve alta de 18,8%, de R$ 291,8 milhões para R$ 346,8 milhões.
Da outra ponta, porém, enquanto a captação bruta da previdência teve aumento de apenas 1,8% (para RS 190,1 milhões) e os prêmios dos seguros patrimoniais subiram somente 1,2% (para R$ 373,5 milhões), o seguro de pessoas (conhecido como Vida Risco) registrou uma retração de 12,1% na mesma comparação, de R$ 213,7 milhões para um total de R$ 187,8 milhões.
‘Em termos de resultado de margem, os produtos estão bem encaixados e, apesar de nossa prioridade ser crescimento, nós não ficamos imunes à crise’, afirma Picanço.
Ele reforça, também, que temas como a pouca penetração de seguros na cultura brasileira, a falta de informação de seguros para o consumidor e a renda familiar ainda baixa também colaboram para limitar os avanços da seguradora.
‘Acreditamos que agora, com uma agenda um pouco mais vigorosa da economia e o endereçamento de reformas, principalmente a da Previdência, teremos espaço para crescer não apenas em prêmios, mas até mesmo em market share’, avalia o executivo.
Para ele, mesmo que a reforma previdenciária não tenha resultados logo no curto prazo, apenas a discussão sobre o assunto já ‘desperta’ a curiosidade e a busca das pessoas por alternativas à aposentadoria.
‘Não precisamos esperar nem que avance a votação da reforma da Previdência para percebermos as pessoas se interessarem e começarem a buscar informações’, comenta Picanço, reiterando que, mesmo assim, no entanto, o crescimento mais robusto e firme deve vir apenas com o andamento da economia.
Resultados financeiros
A receita total da seguradora atingiu os R$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, aumento de 2,3% em relação a igual período de 2017, quando marcava os R$ 4,4 bilhões.
A sinistralidade média da Porto Seguro, por sua vez, demonstrou um recuo de 3,9 pontos percentuais na mesma base de comparação, saindo de 54,4% para 50,5%.
Já os resultados financeiros, por sua vez, registraram queda de 52,6% em igual relação, de R$ 473,6 milhões para um total de R$ 224,5 milhões.
Segundo Picanço, apesar de os indicadores da economia se mostrarem melhores, a tendência é que a taxa básica de juros (Selic) – cuja queda foi em grande parte responsável pelo recuo dos resultados financeiros – continue baixa.
‘Assim, esse resultado deve continuar no mesmo patamar, dependendo também de como andar o mercado de ações e o andamento das reformas. De qualquer jeito, a expectativa é que 2019 seja um ano mais crítico e que o melhor direcionamento dos resultados venha só a partir de 2020’, conclui.
Como jornalista, entendo perfeitamente o impacto da tecnologia no mercado de trabalho. Das máquinas de escrever aos computadores e à internet, a revolução digital reinventou o modo de produzir notícia, trouxe novos concorrentes (ou aliados?), como blogueiros, rede sociais, sites independentes etc., eliminou vagas nas empresas de comunicação. Os desafios não foram poucos, mas a profissão resistiu. Segue em frente. Em tempos de fake news, tornou-se ainda mais necessária.
Mas não é sobre jornalismo que pretendo falar. A introdução desse artigo só se faz necessária para dizer que as profissões menos ameaçadas diante do avanço tecnológico justamente são aquelas em que a habilidade humana é (e sempre será) imprescindível. Os corretores de seguros estão incluídos nesse grupo. Se alguém previu lá atrás que a profissão de corretor iria ser engolida pelas novas tecnologias, errou feio. Se hoje ainda existe essa desconfiança, a razão pela qual não se precisa temer é simples: máquinas não são capazes de substituir emoções humanas, por mais desenvolvidas e inteligentes que sejam.
Seguros protegem o que os consumidores têm de mais valioso – levar essa proteção para os lares e empresas brasileiras é uma missão nobre, criativa, sensível, ou seja, humana. Corretores não são meros vendedores de seguros. Além do produto, o profissional é responsável por oferecer diretrizes para a vida da pessoa, compartilhar experiências, ajudar a educar financeiramente e a garantir o cumprimento dos direitos dos clientes, tornar simples e acessível o que parece complexo à primeira vista. As funções consultivas sempre estiveram atreladas à carreira do corretor, mas com a chegada da tecnologia, tornaram-se o principal diferencial dessa profissão.
Não faltam levantamentos que confirmam a importância do corretor para o setor de seguros e sociedade. Segundo o estudo “A Intermediação do Seguro no Brasil e os novos canais de venda”, do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), em plena revolução digital, o profissional continua exercendo mais influência na decisão de compra do que aplicativos e sites de cotação de seguros. Por mais que a internet seja hoje a principal porta de entrada do consumidor para cotação e comparação de preços das apólices, o cliente prefere não fechar negócio de seguro por meio digital. Ou seja, é um erro dizer que a inovação tecnológica é inimiga do corretor. Pelo contrário, é uma grande aliada.
O consumidor hoje tende a trocar de marcas, de empresas, mas não de corretor de seguros, cuja relação ainda é de fidelidade e de longevidade. Mas isso também não é regra absoluta. O ponto-chave para se alcançar esse patamar tem nome e sobrenome: atualização constante. Na era digital, em que as informações são abundantes, um novo tipo de consumidor surgiu, mais empoderado e dono de si. Ser assertivo no atendimento às suas demandas requer acima de tudo qualificação.
Numa analogia à teoria da seleção natural de Charles Darwin, na qual quem sobrevive é o mais forte e rápido, no setor de seguros, é quem se adapta melhor às novas tecnologias e se qualifica. Nesse contexto, é bom ficar atento: o corretor não é responsável pelas transformações tecnológicas que acontecem, mas é responsável pela forma como vai reagir às mudanças.
A qualificação é a porta de entrada dos corretores de seguros para um mundo de possibilidades profissionais. Estudar, se atualizar e lapidar competências em diferentes áreas (gestão, vendas, empresarial etc.) é o caminho para o profissional que deseja ser multifacetado e atender de maneira mais eficiente às necessidades dos segurados. Corretores capacitados e atualizados têm mais chances de desempenhar com maestria a função que lhe cabe: ser agente do bem estar social.
O mercado oferece muitas oportunidades de qualificação. Os cursos da Escola Nacional de Seguros (ENS), única instituição no Brasil autorizada a ministrar aulas para formação de corretores de seguros, é um bom exemplo. Os corretores já pararam para pensar sobre o luxo de poder contar com uma escola especializada e direcionada para a sua área de atuação? Eu diria que poucas profissões no país dispõem de algo assim.
Além do curso de formação de corretores, a ENS disponibiliza mestrado, MBA, workshops, cursos de extensão, graduação, pós-graduação em diversos segmentos de seguros. Há opções presenciais e a distância. É da ENS, por exemplo, o primeiro MBA em EaD do mercado de seguros brasileiro. Como disse, é um luxo – e uma baita oportunidade para alçar novos voos na carreira.
Sebrae, ESPM e Fundação Getulio Vargas também oferecem conteúdos valiosos aos corretores de seguros. Pelo site dessas instituições, há opções on-line de cursos gratuitos de gestão, técnicas de vendas, administração estratégica, liderança, entre outros. Um prato cheio para corretoras que querem engajar e capacitar suas equipes.
Por fim, fazer parte de um setor que representa cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é de uma responsabilidade enorme. O país reúne hoje aproximadamente 95 mil corretores de seguros, dos quais 60 mil são pessoas físicas e 35 mil jurídicas. Esses profissionais respondem por 85% das vendas do mercado, o que contribui para valorizar a imagem do setor e torná-lo cada vez mais conhecido pela sociedade. Na linha de frente das vendas, os corretores são peças-chave nos resultados, que crescem a cada ano, a despeito da crise econômica. Manter-se relevante é fundamental não apenas para a categoria, mas para o setor de seguros como um todo. Qualifique-se, corretor! Vale muito a pena!
Prêmio total nos seguros de doenças graves ou terminais em 2017 cresceu quase 10% sobre 2016 e a tendência continua sendo de alta. Entenda o produto
A analista contábil Rosângela Albernaz, 50 anos, sempre foi precavida. Além de ter seguro para o carro e o imóvel, também contratou um seguro de vida através da empresa em que trabalha. Mas, quando o corretor ofereceu uma segunda apólice de proteção pessoal, ela hesitou.
“Eu disse para ele que eu já tinha o seguro da empresa e, por isso, não fazia sentido contratar uma nova proteção”, conta. “Ele me explicou que a nova apólice era diferente, era um seguro contra câncer, que não cobria só morte, mas vida também.” Pensando na filha de cinco anos, ela contratou o serviço.
Um ano e dois meses depois, veio o diagnóstico: câncer na tireóide. “Fiz a biópsia e deu tumor malígno. Foi surpresa até para o médico. Decidimos fazer a cirurgia para retirar o tumor, que já estava se espalhando para o meu tórax”, diz. Ela tinha plano de saúde, mas que não cobria o serviço. Foi quando ela se lembrou da proteção extra que tinha contratado.
“Dei entrada nos papéis e recebi a indenização em dez dias. A cirurgia deu certo, mas ainda estou em tratamento, seguindo o protocolo de acompanhamento de cinco anos. Paguei o cirurgião sem precisar de empréstimo ou outro tipo de ajuda. Foi um alívio, já que meu marido estava desempregado. Também paguei a dívida da escola da minha filha. Ajudou no nosso sustento. Veio no momento que eu precisava. É um dinheiro que eu não contava.”
Assim como Rosângela, cada vez mais pessoas contratam seguros que cobrem o diagnóstico de câncer e outras doenças graves no Brasil. Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados, órgão regulador do setor), o prêmio total nos seguros de doenças graves ou terminais em 2017 foi de 765,8 milhões de reais —crescimento de 9,66% sobre 2016. De janeiro a agosto deste ano, o valor já era de 571,9 milhões de reais, alta de 12,5% sobre o mesmo período do ano passado.
“É uma tendência que veio para ficar. O crescimento é alto, mas a penetração desse produto no Brasil ainda é baixa”, diz Luciano Snel, vice-presidente da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) e presidente da Icatu Seguros. Os seguros de doenças graves ou terminais representam pouco mais de 2% do mercado total de seguros de pessoas no país (24,8 bilhões de reais até agosto). “O aumento da expectativa de vida tem colaborado bastante. As pessoas estão vivendo mais e todo mundo está sujeito a uma doença inesperada.”
As seguradoras brasileiras lançaram esse tipo de seguro há 18 anos, mas, segundo o vice-presidente da FenaPrevi, “o produto ainda leva um tempo para ganhar popularidade. Demora para os clientes entenderem do que se trata”. O aumento no número de casos de câncer no Brasil, seguindo uma tendência mundial, deve ajudar a tornar o produto mais popular com o tempo.
Um estudo da Agência para a Pesquisa do Câncer, entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em setembro, mostrou que 18,1 milhões de novos casos de câncer serão registrados em 2018 no mundo, com um total de 9,6 milhões de mortes. Se nada for feito, segundo o órgão, as incidências vão atingir 29,4 milhões de novos casos em 2040 —crescimento de 63% nos próximos 20 anos. Já a mortalidade deve subir para 16,3 milhões até lá.
Ainda de acordo com o estudo, serão os países emergentes que mais terão aumento de casos de câncer, com um avanço expressivo de 62% até 2040 e um total de 10 milhões de novos diagnósticos da doença. O Brasil deve registrar ao todo 559 mil novos casos de câncer em 2018, com 243 mil mortes. Até 2040, a entidade estima que a doença pode sofrer um aumento de 78,5% no país, um dos maiores saltos entre as principais economias do mundo. Isso significa que 998 mil novos diagnósticos de câncer serão registrados por aqui no período.
Como funcionam os seguros contra câncer?
Diversas seguradoras oferecem proteção contra câncer e outras doenças graves. As características específicas dos produtos variam de seguradora para seguradora, mas, no geral, são seguros de vida que proporcionam uma indenização mediante diagnóstico da doença, que equivale a um percentual do prêmio contratado em caso de morte. O uso da indenização por doença grave não anula a validade do seguro de vida —ou seja, se ocorrer a morte do segurado durante a vigência do contrato, mesmo que a indenização por doença já tenha sido paga, os beneficiários receberão uma nova indenização.
Em comum, os produtos de todas as seguradoras preveem que o segurado não esteja previamente diagnosticado com a doença antes da contratação do seguro. É o próprio segurado que atesta isso ao adquirir o serviço e as seguradoras só vão investigar a veracidade da informação prestada em caso de abertura de sinistro. Também é comum que as seguradoras estabeleçam um período de carência para a solicitação de indenizações, que varia de empresa para empresa —a prática é idêntica a dos planos de saúde.
A Bradesco Seguros oferece dois tipos de proteção para o diagnóstico de câncer: o Vida Máxima Mulher, que é direcionado ao público feminino e prevê indenização em caso de diagnóstico de câncer de mama ou ginecológico, e o Vida VIP, que pode ser contratado por qualquer pessoa e prevê indenização em caso de diagnóstico de câncer de qualquer tipo, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto.
“No mercado internacional, a cobertura de doenças graves não é mais tendência. Já é consagrada. Aqui no Brasil, tem ganhado relevância nos últimos três anos”, diz Claudio Leão, diretor da Bradesco Vida e Previdência. No seguro exclusivo para mulheres, a cobertura mínima é de 30 mil reais e máxima de 900 mil reais. Já no VIP, vai de 500 mil a 5 milhões. Os preços variam de acordo com o tamanho da cobertura e a idade do segurado. A Bradesco Seguros detém 19% do mercado de seguros de pessoas no país. A indenização em caso de diagnóstico da doença é sempre de 10% do valor da cobertura, em ambos os produtos.
“Esses dois produtos existem há pelo menos 10 anos, mas ainda têm uma representatividade baixa dentro da nossa carteira de seguros de pessoas, apesar de estar crescendo ano após ano”, diz Leão. Em 2018, o prêmio dos seguros Vida Máxima Mulher e Vida VIP somou 7 milhões de reais. O volume total de prêmio em seguros de pessoas na empresa é de 4,75 bilhões de reais.
Segundo Leão, a Bradesco deve lançar no início de 2019 uma nova modalidade de seguros de pessoas com foco em doenças graves. “Hoje, os seguros que temos que cobrem câncer, por exemplo, são contratados por ‘pacotes’. No ano que vem, o segurado vai poder escolher exatamente quais os serviços que estarão incluídos em sua cobertura. Nos espelhamos no modelo do mercado inglês, já que o Reino Unido tem uma estrutura de seguros bastante desenvolvida.”
O executivo aposta nos planos corporativos para tornar os produtos mais populares. “Os planos corporativos são os principais interessados na proteção para câncer hoje em dia e isso deve continuar. As empresas buscam agregar valor aos seus times.”
Na Porto Seguro, todos os seguros de vida individuais podem ter cobertura para qualquer tipo de câncer, se o cliente contratar esse serviço. Além disso, a seguradora tem um produto específico que batiza de Vida Mais Mulher, que também cobre qualquer câncer, mas tem esse nome para chamar a atenção das mulheres para o câncer de mama.
Quando o segurado recebe o diagnóstico, independentemente do nível da doença, recebe a indenização e pode usar o dinheiro para o que quiser. Pode usar, por exemplo, para complementar o tratamento coberto pelo plano de saúde, contratar enfermeira, melhorar a infraestrutura em casa ou viajar. A indenização em caso de diagnóstico de câncer equivale a 50% da indenização contratada para caso de morte.
Em média, o seguro custa 150 reais por mês para uma mulher de 40 anos, para um valor de cobertura de 200 mil reais. Ou seja, se tiver câncer, a segurada recebe 100 mil reais. Em caso de óbito, seu beneficiário recebe mais 200 mil reais.
“Há uma crescente conscientização entre as mulheres sobre a importância de se proteger contra o câncer. Há dois momentos do ano em que vemos a procura pelo nosso seguro aumentar muito: No Dia da Mulher, em março, e no Outubro Rosa”, diz Fernanda Pasquarelli, Diretora da Porto Seguro Vida, Previdência e Investimentos.
Nos últimos 3 anos, as contratações do produto Vida Mais Mulher Porto Seguro vêm crescendo a uma média de 27% em número de clientes. Em outubro, por causa da Campanha Outubro Rosa, as contratações chegam a aumentar 40% em relação ao mês anterior.
“O mercado de vida como um todo têm crescido bastante. Por causa do envelhecimento da população, as doenças têm crescido. Uma em cada três pessoas vai ter uma doença grave na vida. Precisamos comprar uma proteção para isso. É inerente ao aspecto demográfico. A população vive mais e sofre mais de doenças do envelhecimento. As mulheres têm filhos mais tarde e precisam proteger sua renda e a renda de seus filhos, que ainda vão ser muito novos quando elas envelhecerem. Uma mulher que engravida aos 40 anos terá 70 anos quando seu filho tiver 30 anos e estiver recém começando a construir patrimônio”, diz Fernanda.
Outra seguradora que também viu o interesse pela proteção contra câncer aumentar foi a Tokio Marine. Até meados de 2017, a empresa só vendia esse tipo de cobertura em planos corporativos, mas passou a oferecê-lo a pessoas físicas avulsas no ano passado. “Tínhamos a expectativa de vender 4 milhões de reais, e fechamos 2017 com 7 milhões de reais. Este ano, queremos chegar a 15 milhões de reais. E em 2020, em 50 milhões de reais”, diz Marcos Kobayashi, Superintendente Comercial Nacional Vida da Tokio Marine. A seguradora pretende chegar em 2020 com 60 mil segurados.
“Todo esse crescimento é fruto da conscientização da população. Além disso, o medo de ter câncer impulsiona as vendas. Todo mundo conhece alguém que já teve a doença. Falamos muito sobre isso”, completa o executivo. Na Tokio Marine, a indenização em caso de diagnóstico de câncer equivale a 50% da cobertura contratada para o caso de morte, limitada a 200 mil reais para o diagnóstico.
A Caixa Seguros também possui um produto específico para as mulheres, o Vida Mulher, que cobre diagnóstico maligno de câncer de mama, ovário e útero, além da cobertura básica de morte. A indenização é de 50% do valor da cobertura básica de morte, limitada a 50 mil reais, independentemente do grau da doença.
Uma particularidade do seguro da Caixa é que, quando a segurada recebe a indenização, pode ficar dois anos sem pagar o prêmio, mas continua coberta para morte. “Focamos no produto feminino, mas temos produtos para outros cânceres. E, ano que vem, teremos seguro para todos os tipos de câncer”, diz Castelano Santos, gerente de seguros de vida da Caixa Seguros. Segundo ele, as contratações do Vida Mulher cresceram cerca de 20% de 2017 até agora.
Vale a pena contratar um seguro contra câncer?
Especialistas consultados pelo site EXAME são categóricos ao afirmar que já passou da hora de as pessoas pensarem no seguro de vida como um item básico do planejamento financeiro. Se a cobertura também abranger o diagnóstico de câncer e outras doenças graves, melhor ainda, já que a população está cada vez mais velha e a probabilidade de você ter um problema de saúde no futuro é cada vez maior.
Um dos mitos que mais afastam o interesse pelo produto costuma ser o preço. Muitas pessoas não veem problema em gastar 2 mil reais no seguro de um automóvel por ano, mas não gastam 10% desse valor em uma proteção para si próprio e para sua família. “As pessoas estimam que preço de seguro de vida é três a quatro vezes maior do que realmente é”, afirma Snel, da FenaPrevi.
Já quando decidem contratar um seguro, a maior dificuldade das pessoas é com a escolha do tamanho da cobertura. Não existe uma fórmula para fazer essa conta. Comece calculando todos os gastos que você tem na vida e quanto eles custam por mês, para manter todas as pessoas que dependem de você financeiramente. Lembre-se de que, no caso do seguro para câncer, a indenização pelo diagnóstico não é de 100% do valor da cobertura, então isso deve ser levado em consideração na hora da escolha.
Em seguida, estime por quanto tempo sua família precisaria desse dinheiro para se manter sem você, até se reestruturar. Se não tem tanto dinheiro assim para bancar um seguro com uma indenização tão alta, invista em um produto que pague, pelo menos, um ano de despesas. Lembre-se de incluir na conta sua renda investida em aplicações financeiras, se tiver, e suas dívidas que ficarão para a sua família pagar. Se achar muito difícil fazer essa conta sozinho, o corretor de seguros ou um planejador financeiro podem ajudar.
Faça uma revisão a cada cinco anos para entender se a cobertura contratada continua adequada para a sua necessidade. O tamanho da indenização que você precisa pode aumentar ou diminuir com o tempo, conforme o que acontecer na sua vida. Quando os seus filhos se tornarem independentes financeiramente, por exemplo, você poderá pagar um seguro mais barato, com uma indenização menor.
Que cuidados é preciso ter ao contratar um seguro?
É importante que você saiba exatamente que pacote de coberturas está contratando, pois eles podem ser muito diferentes um do outro. Converse com um corretor de seguros, alguém que possa auxiliar você a entender o que precisa. O corretor de seguros apresentará a você produtos de diferentes seguradoras.
Essa pesquisa de mercado é essencial para comparar preços e coberturas. No contrato, observe as exclusões, que são todos aqueles riscos que não serão cobertos pelo seguro que você escolheu. Algumas apólices possuem carência, um período em que não se pode usar o seguro, mesmo estando em dia com o pagamento.
Ao preencher o documento com todas as informações sobre a sua condição de saúde, seja o mais sincero possível, mesmo que corra o risco do seu seguro ficar mais caro. Em caso de má-fé, a seguradora pode recusar o pagamento da indenização.
A Justiça não tem como aferir a abusividade do aumento das mensalidades de um plano de saúde se os autos do processo não trazem qualquer documento que permita observar a evolução dos reajustes. Ou seja, sem perícia atuarial, não há elementos seguros que embasem a manifestação judicial.
Com esse entendimento, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul desconstituiu, de ofício, sentença que deu parcial procedência a uma ação revisional de contrato movida contra a Unimed. Sem documentos que permitisse a verificação dos reajustes anuais aplicados, para aferir se deixaram ou não de observar os índices estabelecidos pela ANS, os desembargadores nem analisaram o mérito dos apelos, para evitar a possibilidade de prejuízo às partes.
Com a decisão do colegiado, que foi unânime, os autos retornaram ao juízo de origem para a realização de perícia atuarial e produção de nova sentença. O acórdão foi lavrado na sessão de 29 de agosto.
Beneficiário de contrato familiar-individual desde 1994, o autor reclamou de que a Unimed da sua região vinha reajustando as mensalidades em índices superiores aos previstos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e em decorrência de alteração da faixa etária. O autor tem 74 anos. Na inicial, pediu a declaração de nulidade dos reajustes aplicados a partir de 2008, bem como a restituição de valores pagos a maior.
A 3ª Vara Cível da Comarca de Ijuí reconheceu e declarou a ilegalidade do aumento das mensalidades do plano de saúde, nos percentuais mencionados na peça inicial. Por isso, limitou os reajustes aos percentuais decididos pela ANS no período, determinando a devolução dos valores pagos em excesso, a partir de março de 2014.
Para o juiz Nasser Hatem, o reajuste que ultrapassar o percentual quantitativo estabelecido pela ANS deve ser considerado abusivo. Ainda mais quando se leva em conta as disposições do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e, principalmente, o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03). O entendimento, segundo ele, está pacificado na Súmula 20 das Turmas Recursais.
‘‘Diante da ilegalidade do reajuste aplicado à mensalidade da [parte] autora, pois contrário ao art. 15, § 3º, do Estatuto do Idoso, e ao art. 51, inciso IV, X e XV, e §1º, do CDC, a medida mais adequada a ser aplicada é o reconhecimento de nulidade da cláusula contratual debatida, bem como a condenação da devolução do valor pago a maior, respeitada a prescrição trienal’’, afirmou na sentença.
Impossibilidade de aferição
O relator das apelações na 5ª Câmara Cível do TJ-RS, desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, discordou da solução jurídica. Primeiro, citou o Recurso Especial 1.568.244/RJ, submetido ao regime dos recursos repetitivos no Superior Tribunal de Justiça. Segundo essa jurisprudência, disse o julgador, o reajuste de plano de saúde por mudança de faixa etária é válido, desde que: seja previsto no contrato; observe as normas expedidas pelos órgãos reguladores; e não aplique percentuais desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial idônea, onerem excessivamente o consumidor ou discriminem o idoso.
‘‘Entretanto, no caso, não há como aferir os percentuais de aumentos efetivamente aplicados na mensalidade, tanto em relação aos reajustes anuais quanto ao reajuste etário, uma vez que inexiste nos autos qualquer documento que possibilite observar quais foram os reajustes efetuados. Ressalta-se que o contrato acostado ao feito prevê tão somente as faixas de aumento, sem prever os percentuais de aumento para o caso de reenquadramento etário.’’
Para o relator, a falta desses documentos e informações impede a análise de eventual abusividade dos aumentos. Assim, ‘‘somente a prova técnica poderá esclarecer se estes foram aplicados em percentuais desarrazoados ou aleatórios, bem como se eram necessários para manter o equilíbrio contratual.’’
Equivocadamente, os brasileiros acham que o seguro residencial é caro. Isso acontece porque as pessoas acham que o valor do seguro residencial será proporcional ao valor do bem. As pessoas acabam tomando como base, o seguro automóvel.
Walter Pereira, diretor de Linhas Pessoais da Zurich no Brasil, diz que o contrário do que muitos pensam, as apólices do seguro residência têm preços bem acessíveis. E a vantagem de contar com um seguro residencial vai muito além da proteção de um bem, mas também para toda a família.
A conta é simples. Para um veículo no valor de R$ 40.000, o seguro sai em torno de R$ 1.700 – por exemplo. O consumidor se questiona qual seria o valor do seguro de uma residência no valor de R$ 200.000. “Na realidade, a partir de R$ 150 por ano, o imóvel já pode estar protegido”, diz ele.
Normalmente o seguro residencial é oferecido ao consumidor com ampla gama de coberturas e serviços. Além das básicas, como Incêndio, Queda de Raio e Explosão, pode-se ainda contratar coberturas adicionais de livre escolha do cliente. Dentre elas, Danos Elétricos, Impacto de Veículos, Vendaval/Queda de Granizo. Existe também no mercado coberturas especiais como Bicicletas, Equipamentos Portáteis e Atividades Profissionais.
Além destas coberturas, outro item muito importante em um seguro residencial é com relação aos serviços emergenciais disponíveis 24 horas. Trata-se de uma ampla gama de serviços oferecidos para o cliente, de acordo com os planos escolhidos, como Mão de Obra Hidráulica, Vidraceiro, Mudança, Limpeza, entre outros.
“Com uma rotina cada dia mais corrida com uma série de compromissos e prazos, ter um seguro residencial é ficar livre de algumas preocupações que acarretam tempo para resolver. Além disso, é importante entender que, normalmente, uma casa é o bem mais valioso que a pessoa pode ter, em termos financeiros. Assim sendo, o seguro residencial existe para atenuar eventuais contratempos. E pode ser contratado por qualquer um sem pesar no orçamento familiar”, diz o executivo.
O Dia Nacional da Língua Portuguesa é celebrado anualmente em 5 de novembro no Brasil.
Atualmente, a língua portuguesa é o 5º (quinto) idioma mais falado do planeta.
Origem do Dia Nacional da Língua Portuguesa
No Brasil, o Dia Nacional da Língua Portuguesa foi criado a partir do decreto de lei nº 11.310, de 12 de junho de 2006, estipulando a celebração para o dia 5 de novembro.
A escolha desta data é uma homenagem ao escritor e político brasileiro Ruy Barbosa, que nasceu em 5 de novembro de 1849, e é considerado um grande estudioso da língua portuguesa.
São Paulo, por exemplo, é considerada a cidade com maior concentração de falantes de português em todo o mundo. Por este motivo, a capital paulista abriga o Museu da Língua Portuguesa.
O idioma português ainda é celebrado no Dia da Língua Portuguesa, em 5 de maio.
Existem nove países que adotam o português como idioma oficial: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné-Bissau.
Nesta data os países do espaço lusófono procuram desenvolver atividades que ajudam a promover a cultura do idioma português pelo mundo.
Outra data que também celebra a Língua Portuguesa é 10 de junho, comemorada principalmente em Portugal (o berço do idioma português). A escolha desta data é uma homenagem ao icônico poeta Luiz Vaz de Camões, o autor de Os Lusíadas, que faleceu neste dia em 1579.
O mundo passa por constantes transformações e adaptações envolvendo as novas tecnologias. Para o mercado de seguros, isso não é diferente, como o exemplo das insurtechs. No entanto, outra tecnologia tem ganhado destaque e pode ser o diferencial para mudar definitivamente o mercado como conhecemos, os chatbots.
Segundo um estudo feito pela Grand View Research, empresa que realiza pesquisas sobre o mundo dos negócios, a receita global prevista para o ramo dos chatbots até 2025 é de US$ 1,25 bilhão. Ainda é estimado que haja uma CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta, em tradução livre para o português) de 24,3%. Um dos maiores nomes do segmento é a Inbenta, empresa criada em 2005 que ampliou suas atividades para diversos países, incluindo o Brasil. Ángel Trujillo, Country Manager Brasil da empresa é quem cuida das atividades em Porto Alegre. Em 2017, a empresa ganhou o prêmio Conarec de Melhor Chatbot do Brasil pelo serviço fornecido para a empresa Gol, entre outros.
O que são chatbots?
O termo é a junção das palavras chat (conversa, em inglês) e bot, (abreviação de robot, robô, em inglês). Estes robôs são softwares programados para simular conversas com humanos através de tópicos e assuntos pré-estabelecidos. Após receber as perguntas em suas interações, o programa consulta o banco de dados e a partir disso, responde e tenta emular o comportamento humano, tudo realizado em tempo real.
Segundo Àngel, “para conseguir isso, é necessária uma tecnologia que seja capaz de entender o que as pessoas falam e uma base de conhecimento que permita ao chatbot responder o que os usuários estão querendo saber”.
Eles podem ser usados em sites, aplicativos e outras plataformas que permitam a interação. Segundo uma pesquisa da empresa de consultoria de TI Gartner, até 2020 as pessoas vão falar mais com os chatbots do que com os parceiros. A pesquisa também concluiu que até 2022, os robôs conhecerão mais sobre nossas emoções do que nossos próprios parentes.
Como eles se aplicam ao mercado de seguros?
De acordo com Àngel, a demanda dos chatbots surgiu devido à facilidade de contato proporcionada pela tecnologia. “Se antes para falar com uma empresa precisávamos de um telefone ou ir até uma loja, agora simplesmente digitamos um texto e já estamos falando com elas”.
Uma das principais vantagens ao utilizar a ferramenta é a redução de custos. “O chatbot deve fazer com que as questões mais simples sejam resolvidas pela máquina. Ao mesmo tempo, fornecemos um melhor serviço para os clientes. Não é necessário entrar em uma fila de atendimento, pois a resposta é instantânea”.
A mentalidade das companhias está fluindo e indo ao encontro do que pensa a geração dos millenials, crianças nascidas ou criadas durante os anos 2000. “Eles querem instantaneidade. Estão acostumados a mandar whatsapp e já receber as respostas e é isso que as empresas também querem”. Van Baker, vice-presidente de investigação da consultora Gartner afirmou em entrevista que “até 2020, cerca de 50% das médias e grandes empresas terão aderido o uso de chatbots em seus sites”.
Companhias renomadas do mercado segurador já aderiram à tecnologia. A Tokio Marine anunciou recentemente passará a utilizar sua inteligência artificial, Marina, através do Messenger e Whatsapp. A empresa é a primeira autorizada a utilizar a ferramenta, que estará disponibilizada para serviços de comunicação de mensagens, voz e vídeo via internet em smartphones para grandes empresas.
No Conec 2018, evento que reuniu corretores e seguradoras do país inteiro, a Bradesco Seguros apresentou a BIA (Bradesco Inteligência Artificial), inteligência artificial desenvolvida para oferecer atendimento imediato as respostas dos clientes. O processo de aprendizado e interação acontece em tempo real e de forma mútua.
O diretor-geral da Bradesco Seguros, Marco Antonio Gonçalves, explica que os benefícios dessa iniciativa vão muito além da rapidez no atendimento. “BIA vem trazer novas possibilidades em relação ao atendimento, tanto em qualidade, quanto em agilidade. Mas não somente isso, a ideia é que ela consiga solucionar dúvidas e problemas comuns dos clientes da forma mais natural possível, facilitando a experiência de uso, 24 horas por dia, 7 dias por semana.”
Algumas seguradoras também são clientes da Inbenta: Allianz, Axa, Porto Seguro e . Para a Porto Seguro, com quem trabalham há mais de 5 anos, a empresa produziu um buscador inteligente. Após realizada a pesquisa, o site sugere, através de perguntas, produtos e serviços que se encaixam melhor no que está sendo procurado. O objetivo é “criar um buscador eficiente que encontre todas as informações solicitadas no site”, contou Àngel. Com a Axa, na Europa, foi realizado um trabalho similar. A Inbenta busca aprimorar cada vez mais o serviço, “aproximando o buscador inteligente e dando mais forma de chatbot”, disse o Country Manager.
Na Espanha, a aplicou em seu site um assistente virtual. A Inbenta utilizou a base de conhecimento das perguntas frequentes e transformou em árvores de diálogos para os usuários. O seguro de viagem foi o alvo da Allianz, na França, instalando um assistente de vendas que ajuda o usuário através do diálogo com o chatbot a adquirir o produto.
Como os corretores podem se beneficiar disso?
Não são só as seguradoras que sairão na vantagem e poderão usufruir dos serviços dos chatbots. Os profissionais do mercado de seguros também podem melhorar seu desempenho. Segundo Àngel, “os corretores podem facilitar o contato dos usuários para as questões mais simples”. Assim, eles podem auxiliar os clientes de níveis mais altos que necessitam de uma solução particular e poupam o tempo para resolução de eventuais sinistros.
“A minha leitura é de que os chatbots devem ser utilizados para melhorar a qualidade de atendimento e tirar o trabalho repetitivo, que pode ser feito pela máquina, como aconteceu nas outras revoluções tecnológicas”, concluiu Trujillo.
Quais os principais desafios para o futuro?
Ao abordar a história das inteligências artificiais, Àngel relembra o conceito na sociedade ao longo dos anos. “A inteligência artificial há 20 anos atrás era fazer cálculo. Quando o Google sugeria as palavras, também foi considerado inteligência artificial. Hoje o conceito já é diferente”.
No início, o Country Manager conta que era preciso prospectar clientes, já que o mercado não estava estabelecido como hoje. “Há três anos, antes do “boom” dos chatbots, tínhamos que evangelizar sobre as vantagens do processamento e atendimento automático, pois as empresas não conheciam. Hoje elas estão pedindo e demandando”.
Para ele, a entrada de grandes empresas como Google, IBM e Microsoft com os próprios chatbots ajudou na propagação da tecnologia. Além disso, a opção do Messenger para as empresas no Facebook facilitou o trabalho.
No contato com o público, é preciso entender “que um chatbot é uma máquina que através de um processo de aprendizagem e curadoria consegue responder os clientes, mas não é um sistema que funciona somente com um botão. É como um funcionário, só que um muito inteligente com uma enorme capacidade de trabalho”, assegurou Trujillo.
Entre os temas do futuro, Trujillo prospecta que os chatbots com sistema de voz serão a maior tendência. Porém, a maior dificuldade será conseguir expressar o sentimento através das falas do chatbot. Algo que vem sendo objeto de estudo no ramo, como identificar ironias e conseguir captar o público através de falas que pareçam menos robotizadas.
Os chatbots são ferramentas de comunicação que trazem uma nova perspectiva sobre o atendimento aos clientes e induz novas lógicas sobre relacionamento com os consumidores. Além disso, pode melhorar o desempenho de sua empresa, economizando para os canais de comunicação. Portanto, a sociedade, em todos seus aspectos, precisa estar atenta à tendência tecnológica que seguirá transformando o mercado segurador.
No Brasil, até o ano passado, 39,4% da frota de veículos em circulação, percentual que equivale a 17,1 milhões de veículos, já possuíam seguro veicular, conforme dados apresentados pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).
Tais números apontam que quase metade dos carros que circulam no País conta com um seguro particular extra, além do seguro DPVAT, obrigatório para todos os veículos. O seguro DPVAT, sigla para Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores, cobre apenas danos causados às vítimas de acidentes, e não danos materiais. Para outros tipos de danos, é necessário que haja a contratação de apólices junto às empresas seguradoras.
A contratação de um seguro auto pode cobrir danos diversos, como os causados por acidentes, catástrofes climáticas e roubos, por exemplo. As apólices de seguro podem contemplar quaisquer tipos de danos, selecionados no momento da contratação.
Os valores dos pacotes de seguro são bastante variáveis e, em geral, se tornam mais caros de acordo com o número de danos que cobrem. Todos os danos descritos nas apólices são tratados pelas seguradoras como sinistros de trânsito. Os que não estiverem inclusos nos termos de seguro deverão ser cobertos pelo responsável pelo veículo ou, quando for o caso, pelo responsável pelo dano.
Sinistros causados por negligência do condutor não são cobertos pelo seguro. Em casos de acidente causado por embriaguez ao volante, por exemplo, a seguradora não é obrigada a cobrir nenhum tipo de dano material. Se o veículo, ao sofrer um sinistro, não estiver regular, de modo que taxas de pagamento obrigatório, como o IPVA, estejam em atraso, a seguradora pode se negar a cobrir os custos de reparos de danos. Algumas empresas seguradoras cobrem os custos dos consertos de veículos em situação irregular, mas descontam o valor das taxas em atraso.
Os sinistros descritos nas apólices dos seguros de automóveis atendem a duas categorias: a de sinistro parcial e a de sinistro total. O sinistro parcial garante que a seguradora cubra o valor de conserto dos danos causados ao veículo. O sinistro total é identificado quando o valor dos reparos for superior ao valor do veículo. Nestes casos, a seguradora não paga o conserto dos danos, mas concede, ao assegurado, o valor estimado pelo veículo.
Para receber o valor relativo a um sinistro total, o responsável pelo veículo deverá entregar à seguradora documentos que comprovem que o veículo está fora de circulação. Após a entrega e comprovação da impossibilidade de utilização do carro, o valor é liberado pela seguradora.
A contratação de um seguro auto pode ser feita em qualquer seguradora que disponibilize o serviço. Na contratação, é possível escolher o pacote que atenda ao valor e aos benefícios mais convenientes para o assegurado.
Para a contratação de seguro veicular, são solicitadas, pela seguradora, informações sobre veículo e condutor, que podem alterar o valor a ser pago pelo seguro. Tais informações são relativas a características do condutor, como idade e sexo, modelo do veículo, local onde fica estacionado, horário de utilização do carro e histórico de direção, ou seja, número de sinistros pelos quais o veículo já passou.